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TEMA

Os stickers ou figurinhas, tradicionalmente, são constituídos de mensagens veiculadas através de imagens e/ou textos em peças feitas de papel ou de vinil de diferentes tamanhos e qualidades que podem ser colados em uma superfície.

 

Mas, pela web, esses stickers também circulam de forma intensa, habitando bancos de imagem, blogs e outros meios de relacionamento e conversação da rede, como forma de expressão artístico-midiática. Eles se popularizaram em 2018, quando o Whatsapp os incluiu em seu pacote junto aos emojis. Porém, essas figurinhas já existem há muito tempo e já eram inseridas em outras plataformas de troca de mensagens, como o Telegram.

Como surgiu?

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Em meio a esse fenômeno que se tornou os stickers, é possível identificar um movimento de humor adentrando os meios midiáticos, principalmente as redes sociais como Facebook (Messenger), Instagram, visto que o imediatismo da linguagem não verbal domina as redes na atualidade, criando assim um imaginário coletivo através das redes criadas pela prática dos stickers. Mas afinal, de onde veio a inspiração para inserir imagens com humor?

Texto

 

Segundo Ryan Holmes e David Phelan, jornalistas da Forbes, os primeiros registros de “mensagem visual” aconteceram no MSN, utilizando símbolos e sinais de acentuação e pontuação, a fim de expressar algum sentimento. Nessa mesma época, as abreviações também já eram muito comuns, criava-se assim o ínicio de uma linguagem tecnológica e a necessidade de se comunicar em tempo real. 

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GIFs

 

Mas se formos traçar uma linha temporal de como surgiram essas “imagens que expressam alguma coisa”, os GIF’s serão considerados os pioneiros em tempos que a internet “era tudo mato”. Criados em 1987 pela CompuServ, permitiam que imagens coloridas fossem adicionadas às páginas da internet, já que naquela época as conexões eram discadas e analógicas, portanto lentas e com poucos recursos, dificultando o carregamento de sites pesados. Os GIFs animados surgiram no mesmo ano e logo se tornaram a febre da internet mundial.

Em entrevista para o site Mashable, Emerson Spartz, desenvolvedor da plataforma “That’s so true” que permite que qualquer pessoa crie uma mini história com GIFs animados, disse que escolheu trabalhar com GIFs por se tratarem de imagens que capturam a emoção do momento através do movimento. "O GIF animado dá vida à história, enquanto só as fotos estáticas ou palavras não dão", ressaltou.

Emoticons

 

Depois disso, no fim da década de 90, os emoticons surgem e se tornam a sensação do momento, já que eram mais simples de serem criados e usados. O termo se popularizou em meio à febre dos pagers (ou bipe, meio de comunicação móvel que precedeu os celulares) e seu crescente consumo pelos adolescentes, que vibraram quando a empresa resolveu colocar um coração para deixar as mensagens de texto mais fofas.

Memes

Nessa mesma época, surgem também os tão queridos memes, designação citada primeiramente no livro O Gene Egoísta, de Richard Dawkins em 1976, abordando sobre uma “unidade de evolução cultural", que transmite a mensagem de uma pessoa para outra. 

 

Joshua Schachter, de 24 anos, criou os primeiros memes, ainda não tão populares, através do Memepool, de nomeação baseada na citação de Dawkins a fim de traduzir um serviço em que mensagens são difundidas em grande velocidade e ganha novas versões de acordo com o contexto e atualizações.

COMO SURGIU
o boom

Vídeo: Inova Leo / Youtube

O boom das figurinhas

Como dito antes, os stickers não surgiram através do WhatsApp, e sim originaram do Line, aplicativo de comunicação que permite o envio de mensagens, fotos e vídeos, entre outros. O Telegram foi outra plataforma que também inseriu essas figurinhas, e que fez com que elas fossem amplamente difundidas ao explorar novas possibilidades de criação e compartilhamento permitindo que os usuários gerassem seu próprio conteúdo.

 

Entretanto, segundo Ronaldo Prass, Colunista de Tecnologia no G1, o ápice do movimento acontece em outubro de 2018 quando o WhatsApp disponibiliza um modelo semelhante ao das figurinhas do telegram e o disponibiliza no mesmo espaço dos emojis, criando uma maneira mais divertida de troca de mensagens.

 

E assim, eles tomaram conta das redes e, por semanas, usuários comentaram e compartilharam suas experiências ao usá-los, principalmente no Facebook e Twitter. Simultaneamente, aplicativos para a criação de figurinhas surgem nas principais lojas virtuais dos smartphones, seus downloads crescem aceleradamente, chegando a milhões em questão de semanas.

Como faço para criar figurinhas?

10:00 AM

10:01 AM

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Os usuários de outras plataformas, que também comportam as figurinhas, começaram a migrar para o aplicativo de Zuckerberg, já que era o aplicativo de conversação mais popular no momento. A instantaneidade, a oportunidade de criar algo que expressasse de forma cômica algum contexto ou acontecimento e a participação pró-ativa do usuário proporcionaram maior engajamento e a construção de um vínculo entre os usuários e o aplicativo, seja apenas compartilhando ou também produzindo aquele conteúdo. 

Para o professor de Comunicação e Cibercultura, Ronaldo Bispo dos Santos, qualquer acontecimento pode gerar um sticker em um curto intervalo de tempo, e pode ser acrescentado a outras situações quando contextualizados. Pode ser um frame engraçado de um desenho, uma entrevista em que houve algo inusitado ou em até fotos comuns dos próprios usuários podem se transformar em figurinhas.

 

“Isso possibilitou a personificação das figurinhas, onde não necessariamente precisa ser algo famoso, basta apenas uma imagem que caracterize o usuário, ou que gere identificação contextual entre grupos sociais, para se tornar sticker. Seja conteúdo humorístico ou não”, acrescenta.

10:02 AM

10:04 AM

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Como surgiu?

Em meio a esse fenômeno que se tornou os stickers, é possível identificar um movimento de humor adentrando os meios midiáticos, principalmente as redes sociais como Facebook (Messenger), Instagram, visto que o imediatismo da linguagem não verbal domina as redes na atualidade, criando assim um imaginário coletivo através das redes criadas pela prática dos stickers. Mas afinal, de onde veio a inspiração para inserir imagens com humor?

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Texto

 

Segundo Ryan Holmes e David Phelan, jornalistas da Forbes, os primeiros registros de “mensagem visual” aconteceram no MSN, utilizando símbolos e sinais de acentuação e pontuação (ASCII), a fim de expressar algum sentimento. Nessa mesma época, as abreviações também já eram muito comuns, criava-se assim o ínicio de uma linguagem tecnológica e a necessidade de se comunicar em tempo real. 

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GIFs

 

Mas se formos traçar uma linha temporal de como surgiram essas “imagens que expressam alguma coisa”, os GIF’s serão considerados os pioneiros em tempos que a internet “era tudo mato”. Criados em 1987 pela CompuServ, permitiam que imagens coloridas fossem adicionadas às páginas da internet, já que naquela época as conexões eram discadas e analógicas, portanto lentas e com poucos recursos, dificultando o carregamento de sites pesados. Os GIFs animados surgiram no mesmo ano e logo se tornaram a febre da internet mundial.

Em entrevista para o site Mashable, Emerson Spartz, desenvolvedor da plataforma “That’s so true” que permite que qualquer pessoa crie uma mini história com GIFs animados, disse que escolheu trabalhar com GIFs por se tratarem de imagens que capturam a emoção do momento através do movimento. "O GIF animado dá vida à história, enquanto só as fotos estáticas ou palavras não dão", ressaltou.

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Emoticons

 

Depois disso, no fim da década de 90, os emoticons surgem e se tornam a sensação do momento, já que eram mais simples de serem criados e usados. O termo se popularizou em meio à febre dos pagers (ou bipe, meio de comunicação móvel que precedeu os celulares) e seu crescente consumo pelos adolescentes, que vibraram quando a empresa resolveu colocar um coração para deixar as mensagens de texto mais fofas.

Memes

Nessa mesma época, surgem também os tão queridos memes, designação citada primeiramente no livro O Gene Egoísta, de Richard Dawkins em 1976, abordando sobre uma “unidade de evolução cultural", que transmite a mensagem de uma pessoa para outra. 

 

Joshua Schachter, de 24 anos, criou os primeiros memes, ainda não tão populares, através do Memepool, de nomeação baseada na citação de Dawkins a fim de traduzir um serviço em que mensagens são difundidas em grande velocidade e ganha novas versões de acordo com o contexto e atualizações.

Pessoas antes do Memepool                        Pessoas depois do Memepool

mais baixados

Aplicativos mais baixados

*

figurinhas personalizadas

50M+ DOWNLOADS

STICKER.LY

10M+ DOWNLOADS

STICKER maker

10M+ DOWNLOADS

STICKER studio

5M+ DOWNLOADS

wemoji

5M+ DOWNLOADS

*Na Play Store, em novembro de 2019.

Sticker é comunicação?

10:04 AM

Para o doutor e pós-doutor em Linguística, Luiz Fernando Gomes, uma vez que o suporte da escrita passou a ser as telas dos dispositivos digitais e a escrita passou a ser uma luz numa tela, produzir linguagem nesses dispositivos também é produzir discursos sociais.

Segundo Gomes, novas formas de comunicação sempre surgirão motivadas pelas necessidades humanas tais quais expressar emoções, estados de espírito e humor, já que a escrita alterou profundamente nosso modo de vida e nossos relacionamentos desde seu início. 

 

“A linguagem é que nos faz humanos. A dupla articulação e o potencial inesgotável da linguagem verbal e visual nos permite ser o que somos e agirmos no mundo. Na verdade, nada existe fora da linguagem”, afirmou Luiz Fernando. 

De acordo com Ronaldo Bispo, foi genuíno o movimento de criar novas formas expressivas na comunicação digital cotidiana, que se realizou através do desenvolvimento tecnológico que possibilitou o surgimento dos stickers. "A partir do momento que surgiram as mídias digitais, sobretudo, a Web 2.0, se intensificou a participação e o envolvimento entre todas as ferramentas desses meios com o alto grau de modularidade, variabilidade e remixagem", completa. 

 

“Os stickers, assim como os GIFs, por incrível que pareça, são mais complexos que as outras mídias disponíveis nesses aplicativos, no sentido que tem ali uma hibridização de linguagens, com fotografia e textos”, ressalta Ronaldo.

 

Bispo afirma que, dessa maneira, desenvolve-se, em conjunto dos desenvolvedores, uma plataforma que gera a necessidade de transformar qualquer elemento gráfico nos stickers. “Eu diria que é da natureza da transformação cultural a apropriação dos recursos tecnológicos de modo criativo, juntando as potencialidades do meio tecnológico com as características da comunicação em rede, tendo assim um terreno fértil da proliferação dos stickers”, ressalta.

Ao colocar a linguagem em funcionamento, o sujeito está elaborando discursos, orientado pela interação. Logo, interações sociais compreendem-se no uso da linguagem, que refletem as possibilidades reais de utilizar a língua como meio de comunicação.

a

b

c

COMUNICAÇÃO

Só vim aqui pelas curtidas!

Eita, entrevista. Aliás,

é Snickers ou Stickers?

Helen Fernandes é baiana, formada em engenheira mecânica, pesquisadora do CNPq e mestranda em comunicação. Possui quase 100 mil seguidores no seu instagram, Malfeitona, em que dedica o seu feed majoritariamente à divulgação seu trabalho artístico e eventualmente conteúdo lifestyle. 

 

Como influencer digital, ela achou nas figurinhas uma forma mais instantânea para se expressar, criando um ambiente dinâmico, interativo e personalizável com seus seguidores, que fazem questão de chamá-la de “A engenheira que quebrou a internet com suas tatuagens malfeitonas”.

10:02 AM

influncer

Como tudo começou?

10:10 AM

00:00 / 03:32

10:10 AM

Você enxerga os stickers como uma nova forma de comunicação?

00:00 / 00:19

10:10 AM

Como você utiliza os snickers? Eita... Stickers.

00:00 / 00:40
00:00 / 01:17

Perfis dos usuários

Resultados de uma pesquisa realizada no período de junho a novembro de 2019, por estudantes de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), sob orientação da Profª Laís Falcão, através de formulário online com o objetivo de traçar as principais características dos usuários de stickers e suas formas de interação e participação dentro das principais plataformas que disponibilizam figurinhas.

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perfis dos usuários
final

Tá, meme é st ic ker…

Mas é só isso?

Como fenômeno cultural, o sticker deve ser analisado de forma constante e pró-ativa, já que ele é um elemento mutável perante sua imersão na plataforma que foi inserido, que no caso, é o Whatsapp. 

 

E para tratar da temática, o doutor em Comunicação Social (PUCRS - Fameco), Prof. Mario Abel Bressan Júnior, explica que o processo de evolução de uma mídia se dá pela cultura de convergência que abarca as próprias redes sociais. Já que essas figuras, os stickers, vêm justamente disso, do pós-meme, porque os usuários, necessariamente, gostam dessas atualizações. 

 

"Eu percebo que o usuário gosta de pegar essas novidades e, a partir delas, fazer parte do seu próprio contexto de comunicação, então ele pode dizer um significado com essas figuras, ele não precisa mais escrever, colocar uma foto. É um futuro contínuo, eles têm espaço e com o passar do tempo o acesso vai ficando mais fácil, as pessoas vão conhecendo mais e a utilização vai ser maior. Assim como eles vieram sucedendo os GIFs, os emojis, etc. É como McLuhan falava, não há uma substituição dos meios e sim uma atualização, uma releitura", afirmou Bressan.

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Já na visão da professora de Sociologia, Flávia Farias, a interação pelas figurinhas não devem ser consideradas apenas uma relação construtiva ou artificial pelo advento tecnológico, e sim, pelos processos de socialização pertinentes ao tempo de cada grupo social.

 

"Toda forma de comunicação e interação parte das condições citadas acima. A cultura é mutável, a tecnologia acelera a difusão, portanto, pode-se ser uma aquisição cultural, e com isso, surgirão mais formas de se relacionar socialmente", explica.

 

E ainda pontua acerca da necessidade do ser humano em interagir com seus demais de forma constante e inovadora através dos tempos. Além de seu desejo em estar inserido em grupos, principalmente quando vemos que a maior parte dessas figurinhas são enviadas e respondidas nesses grupos específicos. 

 

"A socialização começa na infância e continua por toda vida, somos seres culturais e a condição do ser humano é justamente que nos faz aprender e necessitarmos estar em grupos. E diga-se grupo, uma convivência mínima com duas pessoas. Sociologicamente falando, a cultura se materializa através das relações sociais que são fundamentais para nossa realização identitária", acrescenta Flávia.

 

Para Bressan, a massificação cultural parte do princípio que todos os indivíduos que consomem mídias, seja sticker ou outra forma como Gifs ou memes, estão dentro de uma cultura participativa e segmentada na comunicação criativa. "O que é bacana porque é um consumidor que produz mensagem, que produz um significado. Quando ele cria, ele vai estar pensando naquilo que ele quer dizer, através de uma interação, de uma criatividade, de outro tipo de linguagem. E mesmo segmentada e dirigida esse usuário acaba massificando o seu tipo de consumo, acaba entregando para os outros aquilo que ele quer passar", concluiu Mario.

10:02 AM

Ok, boomer.

“Na minha época não tinha essas frescuras de ficar com o celular na mão toda hora e nunca conversa olho no olho… Eita, peraí que eu esqueci de mandar figurinha de bom dia pro grupo”

 

Essa é uma típica frase boomer. Talvez alguém esteja se perguntando… O que é boomer? Meu caro, então talvez você seja um… Brincadeira! Um baby boomer é uma pessoa nascida entre 1946 e 1964 na Europa, Estados Unidos, Canadá ou Austrália. Mas esse termo também se popularizou no Brasil e ganhou sua própria linguagem, através de sátiras a pessoas acima dos 40 que pensam como a frase acima, ou outras situações inusitadas que acontecem ou ser “novo” na internet e não saber como navegar na web. E isso não seria diferente nos stickers do WhatsApp. Quantos de vocês ao acordarem não recebem, naquele famoso “grupo da família”, uma mensagem de bom dia daquele(a) “tiozão (ona) do zap”?

 

Pois é, as pessoas mais velhas também tem vida social nas redes sociais, principalmente “zap zap”. Seja para mandar aquele Gif ou áudio de 5 minutos perguntando como você está, saiba que eles evoluíram! Eles entraram no mundo das figurinhas! Com isso, entramos em contato com eles, de forma anônima, para saber mais: como vivem, onde habitam, o que comem, e sua relação com essa nova ferramenta.

O que você acha dos stickers?

10:00 AM

Eu não sou muito antenada nesses meios tecnológicos, mas depois que utilizei essas figurinhas, percebo que elas facilitam bastante minha comunicação. Impacta mais do que se fosse com palavras ou até com os áudios.

10:00 AM

Anônimo 1

Utilizo praticamente todo dia com familiares ou colegas de trabalho, etc. Compartilho mais do que crio, mas já criei uma tentando entender essa concepção de linguagem.

10:00 AM

Anônimo 2

Acredito que os pontos positivos são a inovação na linguagem e criatividade que passam a ficar transparente nesse tipo de produção. Mas alguém pode passar a aplicar essas figurinhas com intencionalidade de denegrir ou fazer bullying na vida de outras pessoas.

10:00 AM

Anônimo 2

Como você enxerga o advento das figurinhas na sociedade atual?

10:00 AM

"A imagem tem poder

e pode matar"

O título te assusta não é? Então, a realidade é bem mais obscura que uma frase amedrontadora. Agora que nós já sabemos os stickers é uma ferramenta muito importante de comunicação para as pessoas, que além do humor traz um leque de meios comunicacionais nas plataformas. Devemos está atentos também a responsabilidade, afinal as figurinhas possuem sim um lado escuro, o ciberbullying.

 

Cyberbullying, de acordo com o dicionário, é um tipo de violência praticada contra alguém através da internet ou de outras tecnologias relacionadas. Praticar cyberbullying significa usar o espaço virtual para intimidare hostilizar uma pessoa (colega de escola, professores, ou mesmo desconhecidos), difamando, insultando ou atacando na web.

 

Através de uma pesquisa realizada em um grupo de whatsapp dos alunos da escola Santa Bárbara, no município de Viçosa, interior de Alagoas, conversamos com alguns adolescente entre 16 a 20 anos acerca dos pontos positivos e negativos do universo das figurinhas.

E no outro lado da moeda, também abordando a temática, entramos em contato com a estudante de Jornalismo e digital influencer, Blenda Lorraine, que é conhecida não somente pelos seus vídeos no YouTube ou os stories no Instagram, mas sim, principalmente, por seus stickers no Whatsapp. 

 

Ela ganhou muito reconhecimento e fama por seus memes nas figurinhas, porém, sentiu a pressão das consequências diante dessa exposição. Através de áudios, ela nos contou sobre toda sua trajetória até o momento atual, destacando suas visões e perspectivas de como conseguiu seus 15 (e mais) minutos de fama.

10:02 AM

00:00 / 03:32
Stickers e cyberbullyingBlenda Lorraine
00:00 / 03:52

No mundo moderno e informatizado, as distâncias foram encurtadas e o tempo tornou-se um termo relativo. A virtualização da vida possibilitou que o tempo e o espaço se moldassem às necessidades dos sujeitos, exigindo cada vez mais que a realidade siga o fluir incansável da era digital. Essa é a atual concepção da internet, uma rede de redes, que conecta computadores e outros dispositivos informáticos em um só espaço, o mundo digital. 

Mas afinal, qual será o futuro dos stickers? Será contínuo ou terá um sucessor? Teremos mais formas de linguagens através de meios tecnológicos? Como será a comunicação digital do futuro?

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